O setor de alimentação fora do lar enfrenta um desafio estrutural e complexo que se intensifica em períodos de pico, como a virada do ano e férias de verão. O reflexo disso é claro: dificuldades para contratar e, principalmente, manter funcionários qualificados. Isso é um problema recorrente, que afeta desde grandes redes até pequenos empreendimentos.
Em entrevista realizada pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Gustavo Gill, sócio do grupo Trëma, que administra cinco restaurantes na cidade, afirma que a dificuldade em encontrar e reter colaboradores é uma constante em sua operação.
Essa realidade é observada em diversas partes do Brasil, como no caso do chef André Mifano, proprietário do Donna, em São Paulo, que contou na mesma ocasião ao SindRio, que teve que adiar a reabertura de seu restaurante de 5 para 28 de janeiro de 2024, devido à falta de mão de obra. A situação não é isolada: a taxa de turnover no setor de bares e restaurantes chega a 74%, segundo dados da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) o que coloca em xeque a capacidade de muitos empreendimentos de oferecer um serviço consistente e de qualidade. Um exemplo recente é de uma unidade no Espírito Santo de uma cadeia de fastfood, bastante popular, que precisou fechar uma unidade na última semana de 2024 por falta de pessoal.
Mas por que isso acontece? Fernando Blower, diretor executivo da ANR, presidente do SindRio e sócio de três restaurantes no Rio de Janeiro, aponta que o problema não se limita ao setor de alimentação. Ele é reflexo de questões estruturais mais amplas da sociedade e da economia brasileira. Contudo, Blower acredita que as empresas têm em suas mãos a possibilidade de melhorar a situação. “O que os bares e os restaurantes podem fazer é melhorar a cultura interna e investir mais em propósito. Companhias que fazem isso tendem a reter seus funcionários com mais facilidade”, sugere ele.
A solução, portanto, passa por uma mudança de mentalidade dentro das empresas. Mafoane Odara, Diretora de Pessoas, Cultura e Transformação da ZAMP, empresa que gerencia redes como Burger King e Popeyes, reforçou essa ideia em sua palestra no SindNews , evento promovido pelo SindRio: "Não gosto do termo ‘retenção’ porque dá a entender que estamos impedindo os colaboradores de ir embora se assim desejarem. O mais importante é apostar na valorização dos funcionários, que são a cara de qualquer negócio."
O setor está, sem dúvida, em um momento crucial. O aumento da rotatividade e a escassez de profissionais qualificados são problemas reais e urgentes. Contudo, como apontam especialistas, a solução começa dentro de casa: com uma cultura mais engajadora e um compromisso genuíno com a valorização do colaborador.
Mais do que oferecer salários maiores, a possibilidade de maior controle sobre seus ganhos pode ser uma das soluções na atração e manutenção das equipes com ganho em eficiência e desempenho. Ferramentas, como o sistema da Quansa, que permitem pagar diária e rapidamente aos funcionários CLT, e até a possibilidade de pagar a gorjeta do dia, sem precisar aguardar 45 dias para o seu recebimento, têm se mostrado eficazes na resolução deste problema. Isso porque o funcionário consegue receber sempre que precisa, sem alterar as operações administrativas da folha nem do financeiro.
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